Cooperativismo gaúcho: o caminho para um campo mais forte e integrado

O cooperativismo tem desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do meio rural gaúcho. No Brasil, há mais de 80 anos, a cooperação deu início a uma revolução silenciosa com a eletrificação rural, transformando a vida no campo.

O marco dessa história foi a fundação, em 1941, da primeira Cooperativa de Força e Luz do país, no distrito de Quatro Irmãos, hoje parte de Erechim, Rio Grande do Sul. Liderados por agricultores que decidiram unir forças, o cooperativismo trouxe energia elétrica para regiões que, até então, eram ignoradas pelas concessionárias privadas.

Desde então, o cooperativismo tem sido um pilar para a autonomia e o desenvolvimento rural. Hoje, 15 cooperativas gaúchas distribuem energia no interior do estado, enquanto outras 10 investem na geração a partir de fontes renováveis, como pequenas centrais hidrelétricas, biomassa e energia solar.

Em um cenário em que o mercado privado não via viabilidade econômica na expansão de redes elétricas para áreas rurais, o cooperativismo mostrou sua força. Por meio da criação de redes autônomas, agricultores garantiram energia para suas propriedades, possibilitando um salto no desenvolvimento econômico e na qualidade de vida de milhares de famílias.

A nova fronteira do cooperativismo

O cooperativismo, que já revolucionou o setor energético, agora encara um novo desafio: levar internet de alta qualidade ao campo. A conectividade digital é essencial para a inclusão tecnológica e para abrir novas oportunidades de negócios e desenvolvimento. Assim, as cooperativas se posicionam mais uma vez como protagonistas na busca por soluções para as demandas do meio rural. Com a Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs), o mapa do estado gaúcho está aberto para novos projetos, consolidando o cooperativismo como motor de desenvolvimento social e econômico.

Compromisso com o futuro

Diante do desafio da conectividade, o cooperativismo reafirma seu compromisso com o futuro, garantindo que o campo permaneça forte, integrado e cada vez mais conectado ao mundo. O legado de cooperação continua a ser a chave para um meio rural próspero e sustentável.

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